
1200 milhões de católicos espalhados por todo o mundo esperam agora por um Papa revolucionário, com a honestidade intelectual suficiente para conseguir dar resposta a um número incomensurável de devotos que anseiam por uma igreja moderna e virada para o futuro.
As patranhas que nos apresentaram como Verdades Universais, ano após ano, já não encontram eco na sociedade liberal, informada e globalizada de hoje. O espaço eucaristial e religioso tem que apresentar soluções mais terrenas e factuais, para não dizer históricas, para que a fé seja processada numa perspectiva mais mundana, em que toda a gente que queira, consiga perceber que a igreja católica não é apenas um auto ou acto de fé. É feita de homens para os homens e desde que estes assim queiram. O Espírito Santo e o livre arbítrio já foram chão que deu uvas. Já não explicam tudo e já não explicam nada. A religião acomodou-se e as pessoas ficaram mais exigentes.
Respeito quem assuma a sua fé. Não respeito que as mesmas pessoas não façam da escandalosa vida da Cúria uma luta de exigência como o fazem com os políticos e com os partidos. Aliás é disso que se trata, a vida clerical dos cardeais iluminados é hoje um jogo de bastidores político e de partido, ainda que seja o lóbi gay. Está lá tudo, o tráfico de influências, os jogos de poder, a banca do Vaticano! e o tráfico de armas, o Estado do Vaticano e os abafados abusos sexuais. A honestidade moral e ética da vida civil e em sociedade é, ou deveria ser, a mesma da Cúria. A diferença está na forma como alguns olham de baixo para cima.
A igreja católica ou se moderniza, ou aparecerá nos livros de história como um dos maiores logros da humanidade.
Sou católico por baptismo e ateu confesso, mas olho com preocupação para uma igreja que ainda influencia o pensamento e a acção de milhões de pessoas. É como tudo, desde o berço, o exemplo vem de cima.
A Capela Sistina merece muito melhor...
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