segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A refundação do país e do Tribunal de Chaves

Sentido de presença de espírito e de bom senso é coisa muito rara em Portugal. E então se estivermos a referir-nos à classe política o deserto é a regra entre alguns oásis. O chico-espertismo latente e inato ao comum dos portugueses revela-se em doses extra quando ele chega a deter algum poder, portanto, dotado do iluminismo divino que deriva do poder mandar e desmandar numas coisitas.
Se essas coisitas disserem respeito à maioria dos seus conterrâneos ou dos outros todos, o poder é supremo, numa relação de senhor e súbditos. A teimosia e a arrogância redundam em lugares comuns, em discursos redondos e enrolados, às vezes feitos de ideologias cegas, outras mais sem qualquer ideia, resumindo toda a actividade a operações contabilísticas de estratégias populistas e de interesses, quase sempre pessoais.
Neste estilo incoerente, tantas vezes ignorante, a incompetência marca o passo, e o passo calculista dá o mote para todo o percurso.
Quem consegue falar muito sem dizer nada e sem se comprometer com nada chega sempre mais longe, com palmadas nas costas dos que já deram as lambidelas de bota necessárias a um posto senhorial mais elevado, e obviamente com maiores benesses. Sempre à custa do chico-esperto que também fala muito, mas no final das contas, come e cala. Geralmente, também, quem não cala, tem a razão do seu lado, e isso, é o que conta.
É o exemplo do país e da sua nova 'refundação' do memorando, e, em Chaves do seu Tribunal...

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