terça-feira, 12 de abril de 2011

Vamos à bola

Bom tempo para a prática do futebol. Estádio bonito, com capacidade para 10 milhões de espectadores, mas que por esta altura deve rondar os 50% da sua capacidade total. Era esperada mais gente para assistir a este grande clássico do futebol português. De um lado o PS, de Sócrates, o capitão de equipa e organizador de todo o jogo socialista. Do outro lado, a oposição, sem grandes estrelas, mas uma equipa coesa e unida.
A equipa de arbitragem veio da Alemanha, liderada pela Sra. Merkel, os fiscais de linha, FMI e BCE, e o quarto árbitro é a CE. Ambos os treinadores se cumprimentam, Mário Soares pelo PS, sempre interventivo, mas que tem averbado algumas derrotas ultimamente. O treinador da oposição, Cavaco Silva, já leva alguns anos no cargo, disciplinador e raramente contestado.
As principais ausências: de um lado Manuel Alegre, expulso no último jogo e a cumprir castigo. Do outro Manuela Ferreira Leite, que se lesionou gravemente há já um ano e que falha o resto da temporada. A surpresa surge do lado da oposição, Fernando Nobre, contratação de última hora, surge a titular no lugar do central António Capucho, relegado para o banco.
Este é o jogo do tudo ou nada, com um grau de risco muito elevado, em especial pela troca de palavras mais azedas trocadas nos últimos dias, pelos dirigentes de ambas as equipas.
E aí está, começa o jogo. Miguel Relvas, leva a bola pela estrema esquerda, passa para Louçã, que tenta driblar Sócrates que lhe sai ao caminho... uma primeira finta, e é rasteirado por Sócrates... grande confusão agora, com ambos a trocar argumentos e empurrões. E atenção, Louçã agride Sócrates com uma censura, e a juiz da partida expulsa Louçã com vermelho directo. A oposição fica agora reduzida a dez elementos, mesmo no princípio do jogo. Mário Soares e todo o banco socialista a gesticular, e Cavaco, sempre impávido e sereno ainda não se levantou.
Primeiro quarto de hora de jogo cumprido, e ainda ninguém fez qualquer remate à baliza adversária, aliás Passos Coelho já perdeu três vezes a bola e é sempre apanhado em fora de jogo.
Portas conduz a bola pela extrema direita, com um passe longo, cruza para a extrema esquerda onde Jerónimo aparece, e de cabeça põe a bola à mercê de Passos Coelho, que se isola em frente à baliza, grande perigo, Passos Coelho remata e...gooooolo! Mas, atenção, o fiscal de linha BCE, invalida o golo, diz que Passos Coelho controlou o PEC com a mão, Passos Coelho protesta, mas Merkel confirma a anulação do golo.
O jogo socialista está muito amarrado no meio campo, muito por culpa do jogo táctico da oposição, não deixando Sócrates controlar o jogo.
Começa a segunda parte, e surpresa na equipa socialista, Sócrates ficou nas cabinas ao intervalo, substituído por Francisco Assis. O jogo socialista está agora mais solto, mas continua sem criar grandes oportunidades de golo.
Setenta minutos de jogo, e a assistência começa a abandonar o estádio. Está um jogo desinteressante, muito faltoso, com Merkel a ter que mostrar muitos amarelos. Aliás, Fernando Nobre, até aqui sem qualquer amarelo na Liga, também já viu um amarelo, por gestos agressivos em direcção ao público.
Final do jogo, com um empate a zero, sem dúvida o pior clássico dos últimos anos, com a equipa de arbitragem a ser obrigada a muita intervenção, para parar o jogo sujo e faltoso de ambas as equipas, sem grande sentido de responsabilidade e de oportunidades criadas. Destaque pela negativa para o jogo pobre de Sócrates, excelente jogador, mas hoje muito criticado pelo público, e também Passos Coelho que não soube agarrar a titularidade, caindo sempre no fora de jogo, e com o lugar em risco.
Cavaco não faz comentários como habitualmente, e Mário Soares a dizer que foi mais uma oportunidade desperdiçada.
Dia 5 de Junho temos novo clássico, onde se espera um jogo muito melhor, mas que se prevê com pouca adesão do público e que a Liga ainda não se decida nesse jogo. Para infortúnio dos espectadores...

4 comentários:

Anónimo disse...

parabéns meu caro,

Bela partida de futebol. Grande imaginação. Grande visão de jogo na colocação das forças políticas em campo. No entanto o relato tem falhas mas, quem as não comete... Até o Gabriel Alves!!
Por isso vou repor a verdade, parece que está na moda "repor a verdade":
1. O capucho não foi relegado para o banco. Não foi inscrito porque não passou nos exames médicos e não quis arriscar a vida;
2. O Sócrates, como os portugueses bem sabem, outra expressão muito conhecida e falada pela claque PS, nunca é só o capitão e organizador de uma equipa. Ela gosta também de nomear os árbitros, de ser o presidente do clube dele e do adversário, de ser ainda o presidente da Assembleia da Liga. Atenção, ele ou os amigos dele... Nada o irrita mais que ir a jogo sem ser ele a fazer as regras..
3.Na minha opinião os alemães não são os árbitros, são os observadores. Até porque estão naquele papel: - " nós é que pagamos a luz, a rega e o tratador do relvado e eles é que se estão a divertir a jogar futebol??!! Vamos já dar uma má nota"
4. A Ferreira Leite não se lesionou, ia marcar um canto junto à claque do PS e antes que marcasse golo, por ter sido a única a ousar dizer a verdade da situação da nossa dívida, atiram-lhe com tudo desde bolas de golf, a tacos de basebol, a preservativos com água da educação sexual, isqueiros da campanha, enfim, tudo, ao ponto de ter sido assistida em campo e transportada para o hospital, ficando inapta para o futebol.
5. Gostei de ver que retiraste de cena o José e deste o papel de organizador de jogo ao Assis. Assim espero para o bem do país.

Reposta a verdade, parabéns mais uma vez por esta brilhante ideia.
Abraço,

N. Palas

Nuno Figueiredo e Sousa disse...

Bel a ideia , espero que no dia 5 de junho seja mais um daqueles jogos de solidariedade em que o resultado não importe, apenas a foto final com todos juntos unidos pela sensação do bem comum. Eu gostava disso um jogo de solidariedade por Portugal!!! TODOS pelo nosso país, não basta ter a bandeira na janela é preciso arregaçar as mangas e um por todos e todos por um! POR-TU-GAL!!!! POR-TU-GAL!!!!

Anónimo disse...

E no fim do jogo, enquanto uns comemoram e os outros se lamentam, os arbitros vao mandar apagar a luz...

Rodrigo

Anónimo disse...

Há que reduzir a factura eléctrica.. Não há cá luz durante a noite...

N. Palas