Fui lá mas não estavas. Perdes-te por momentos nos becos, nas encruzilhadas, renegas o passado e hipotecas o futuro, aliás como sempre fizeste. Sempre farejando, sempre a sorrir. Dizes que tens, mas depois não há nada. Precisas de ajuda. De quem? Desses? Voltas ao mesmo...360 graus pelo estreito de Magalhães. Já o tinhas feito, mas não aprendes nada, e nada é impossível. De vez em quando vou saber de ti, e nunca te encontro. Sei o que és, onde estás e o que podes fazer. Magoaram-te esses pulhas, eu sei que mandam em ti, que não tens culpa, mas esses vão e vêm, e tu ficas sempre. Sempre assim foi. Um dia destes vou encontrar-te, não sei quando, só sei que não vais por aí. A espera de quem sempre alcança cansa, mas a solução tal como Roma não aparece num dia. Já foste imperial, senhora do teu nariz. Não fiques apeada, não abandones o país. Capital dos mares, de quem cessam os Gregos e os Troianos. A tua gente é o teu tesouro e não há ouro como aqui. Sempre assim foi. Ergue-te agora! Não te vergues, como nunca o fizeste! As doenças aparecem em ciclos, para reforçar os sistemas imunológicos. Ergue as bandeiras, às armas, contra os canhões imbecis e ruidosos e ruinosos e invejosos e egoístas. A porta está sempre semi aberta para quem quiser entrar, mas desta vez vais ter que sair. Mas já voltas. Como sempre. Já derramaste muito sangue, este é só mais um espinho. O esplendor levanta-se de novo, o orgulho é a tua pátria, o hastear da bandeira a tua comoção. Deixa-os vir, eles voltam a sair, como sempre. Este é o meu país. Isto é Portugal!
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