sábado, 30 de maio de 2015

Assim nas curvas

O tempo é cruel. Não deixa tempo para a memória. E a distância; a distância é cruel. Não tem tempo. A distância do tempo é ainda mais cruel. A estrada é sinuosa e é nas curvas que o tempo pode abrandar. É nessas curvas que há tempo. Que a distância se encurta.
A estrada que percorreremos juntos nalguns troços do caminho. O caminho em que partilhámos a estrada. É nessas curvas que o presente se une com o passado e brinda ao futuro. É nessas curvas de reunião que o tempo faz sentido. E que amaldiçoamos a distância. A distância é longa. O tempo corre. Aproveita cada curva... Sem ser velho, nem novo. Sem ser nada. Ser... Só ser. Assim... Depois há o sono... e o sonho... e um novo dia... Espero por ti na curva... Ansioso, curioso, temeroso pelo futuro. Que distante é o caminho, que curto tempo, que nunca espera. De mão dada sonhando, correndo... Não farei todas as curvas, seguirei a estrada atrás de ti, perseguindo-te... A ti Carolina...

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