quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Pessoas inconvenientes

Não gosto da companhia de pessoas mais estúpidas que eu. Deixam-me desconfortável. E não gosto, em definitivo, da arrogância do novo rico do poder, refiro-me ao poder do chefe, que exige que o tratem por chefe apesar de ser um bardamerdas que sem qualquer esforço é chefe há dois dias sem nada que o recomende. Detesto as pessoas inconvenientes. As que gostam de intimidar, e que sem nunca terem feito nada na vida, assim que se apanham numa posição superior esquecem tudo o resto e trepam em todos sem qualquer pudor. As que esquecem as raízes porque têm vergonha das origens, da província ou da proveniência. Detesto pessoas que apregoam aos sete ventos que dizem sempre o que pensam, em qualquer circunstância, porque geralmente nunca dizem o que sabem, nem sabem o que dizem, e quase sempre a circunstância não o aconselha. Não gosto de pessoas que me agarram e puxam chamando a atenção, não se dando conta que essa necessidade de agarrar e puxar é porque são chatos e o interlocutor está farto de os ouvir. Não gosto da gente que paga para ser notícia, nem de quem lhes paga. A futilidade nestes casos é sempre o mote. Veja-se a futilidade da entrevista de Judite de Sousa a Lorenzo (que não sabia quem era até aquela data).
Não gosto dos graçolas que lançam graçolas à custa dos outros para serem notados. A realidade é que não sabem fazer mais nada. Vivem do expediente. Não gosto de criminosos indignados com o sistema. A culpa é sempre do Estado ou do estado das coisas.
Não suporto oportunistas, os de ocasião e os corredores de fundo. Detesto mal agradecidos e que não sabem reconhecer um erro. Falta de humildade, de carácter e de personalidade. Não gosto de lambe botas, sempre sem opinião própria, macacos imitadores que se limitam a reproduzir o que ouvem dizer.
Não gosto de bisbilhoteiros, sejam americanos ou não, dos que promovem o big brother mundial e dos que espiam e julgam em causa própria.
Irritam-me principalmente os ateus políticos que têm sempre opinião sobre tudo e que são incapazes de se definir. Os cobardes anti-sistema são da pior espécie e andam sempre ligados ao extremismo.
Não gosto de pessoas mesquinhas, tacticistas, sempre a promover a intriga à espera de dividendos. As egoístas que usam o próximo para o seu próprio lucro, indiferentes à condição humana tiram-me do sério. António Borges era um deles e a sua morte é-me indiferente por isso mesmo.
Depois não gosto dos que apregoam a verdade, e que sempre com grande descaramento, demagogia e alguma dose de prosaica tentam escamotear a real situação e a sua real posição acerca dos assuntos que geriram de forma incorrecta e muitas vezes negligente.
Não gosto de independentes que nunca o foram, não o são, nem serão. Não gosto de antipolíticos só porque está na moda e não têm qualquer ideia ou princípio, não sabem distinguir o A do B, e usam a independência para aparecer na fotografia. Mais egocêntricos que qualquer político egocêntrico, afinal este último está habituado. Não gosto da independência com motivos revanchistas e sempre com motivos políticos. Quer se queira quer não. Vira casacas sem vergonha na cara, e sem respeito próprio que me embaraçam quando me imagino na sua posição. E estes são a regra nas próximas eleições. Não esqueçamos o 'flop' Fernando Nobre.
Gosto muito de pessoas, mas só de algumas...
Admito que haja pessoas que não gostem de mim. Tenho é a arrogância de pensar que essas pessoas só podem ter as 'características' acima referidas...

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