quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Esbulho assistido

2013 será o ano do maior esbulho fiscal a que já assistimos em Portugal. Ao contrário do que Passos Coelho anunciou no Pontal, 2013 não será o ano da retoma económica do país. Essas declarações populistas e feitas por quem não tem ideia nenhuma do que anda a fazer, nem sequer estava preparado para assumir as funções de primeiro ministro, reforçam a ideia de que se guia por uma cartilha ideológica e sem qualquer noção da realidade do país e da economia.
O desastre chegará ainda pior do que o já anunciado. Um ano de miséria social e com o desabar definitivo da classe média asfixiada. O estado calamitoso da economia agravar-se-á, agora que se sabe que o OE para 2013 prevê que 80% da sua notação venha do lado da receita. A dose de austeridade experimentada em Portugal por este governo fará exponenciar o desemprego, a pobreza e a recessão. Toda a gente sabe, até o CDS/PP, que ameaça a qualquer momento romper com a coligação e mergulhar o país no desastre final. E a culpa, meus amigos, doa a quem doer, é de Coelho, Gaspar, Relvas e companhia limitada.
Até a presidente do FMI veio finalmente reconhecer que o medicamento aplicado em Portugal poderá a breve prazo acabar por matá-lo e defendeu um travão na austeridade. Até o Álvaro, ministro da economia e de mais seis ou sete coisas, já concordou que sem crescimento será impossível pagar a dívida. Deverá ser o primeiro a ser 'remodelado'... Cavaco, com tanto sítio onde discursou, resolveu desabafar no facebook, como um teenager arrependido. Portas mantém um silêncio envergonhado e misterioso.
2013 será pior se Gaspar e companhia continuarem cegos teimosos de cartilha na mão. Esta hipocrisia de casino, austera como um cobrador de fraque, que rouba aos pobres para dar aos ricos, que ignora, arrogante, trabalhadores e reformados, como se fossem chulos, depois de entregarem as suas reformas, os seus salários cada vez mais miseráveis, a um qualquer Borges em comissão de serviço.
O fiasco deste governo será o fiasco do país, e aí é que reside a grande questão do momento. Ou se muda de atitude, ou se muda de governo. Chegou a hora de sacar o travão de mão. Porque este governo falhou e traiu todas as expectativas, metas e princípios... 2013 será de mais recessão, de mais pobreza, de falhanço de contas e de metas, de défice e de desemprego. É chegada a hora de recusar o suicídio assistido a que nos querem condenar...

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