quarta-feira, 4 de março de 2015

Ai, se eu soubesse que ia ser primeiro Ministro!...

A partir de agora quem não pagar impostos não foge ao fisco, trata-se de alguém com poucos conhecimentos de fiscalidade.
A partir de agora a minha declaração de IRS será opcional, e, no caso de alguém perguntar alguma coisa, pago uns trocos ainda que a dívida já tenha prescrevido. Atiro-me ao Sócrates que fica sempre bem, e mesmo tendo aprovado a lei que me obriga a pagar, alego desconhecimento. Do alto da minha humildade reconheço que não sou um cidadão perfeito e que tenho graves falhas de memória, como por exemplo não me lembrar que recebia 1000 contos por mês de uma empresa de que não me lembra agora o nome... Passo férias no Algarve e recuso mostrar as facturas do aluguer porque não me lembro onde as pus... e se continuarem a  insistir, faço queixa à UE dos bandidos do governo grego que me vieram estragar o esquema e mando investigar e processar todos os trabalhadores da segurança social e das finanças.
José Rodrigues dos Santos que aproveitou para explicar a situação financeira da Grécia com a corrupção e com os mil estratagemas para fugir ao cumprimento das obrigações fiscais e contributivas tem agora uma boa oportunidade para falar da situação da Segurança Social e dos políticos que se esquecem de declarar os seus rendimentos.
Rapidamente apareceu uma suposta notícia de que António Costa não teria pago a então denominada Sisa quando exercia as funções de ministro da Justiça. Tal notícia do Tal e Qual (precursor do Correio da Manhã) foi desmentida na altura e outra vez agora, e confirmada pelas autoridades tributárias como uma notícia falsa. Costa terá outros problemas, como sejam, continuar à frenta da CML e a gaffe que cometeu por causa disso, assim como a escandalosa intenção de perdoar uns milhões ao benfica... logo ele que diziam ser o das taxas e taxinhas... No entanto esta semana divulgou o primeiro capítulo do seu programa de governo, que contém 55 propostas, tendo como principais prerrogativas a descentralização e a reforma do Estado. Destaco o retomar do programa Simplex, rever o mapa judiciário, entregar mais competências às autarquias, criação de um balcão/loja do cidadão em todos os concelhos, valorizar o interior, apostar nas energias renováveis, rever a lei das rendas, o programa nacional de requalificação urbana, repor o IVA da restauração nos 13%, etc. Boas notícias...

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