quarta-feira, 10 de setembro de 2014

António bom e António mau

Aguardo com alguma ansiedade que Costa não deixe Seguro fazer o papel de 'calimero lacrimejante' e se lhe imponha com naturalidade. Com a naturalidade que se impõe aos pobres de espírito. Que arrastaram o seu partido para uma guerra interna de mais de três meses, agarrando-se ao lugar como pôde. Só até finais de Setembro, por muito que chore. Seguro não entende ou não quer entender que qualquer liderança está sempre debaixo de escrutínio. Desde o mais reles simpatizante ao mais alto barão ou notável. A figura triste de puto queixinhas a quem tiraram o chupa foi um péssimo serviço ao PS e ao país. Contudo, devo dizer que a bonomia de Costa se tornou confrangedora. Costa que já sabia que Seguro ia fazer o papel de coitadinho traído, para não dizer mais, não soube dar a volta à narrativa pré-concebida do seu adversário, e isso foi para mim, uma grande desilusão. Seguro que não tem discurso coerente há 3 anos, auto-anulado, e que nunca fez as pazes com o passado do seu próprio partido, que nunca ganhou um debate a Passos Coelho. Espero muito mais de Costa nos dias e debates que se seguem. Impondo a sua agenda, que é a que verdadeiramente interessa ao país, e não se deixando guiar pela lamúria da roupa suja de Seguro, cujo único interesse é atacar pessoalmente o carácter de Costa. Se Costa se voltar a deixar enredar no jogo de Seguro, pode até ganhar o partido, mas terá que correr mais para ser primeiro-Ministro...

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