terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Défice de país

As contradições entre o que se apregoa e o que a realidade demonstra não param de surpreender mesmo aqueles mais incautos. No dia em que se soube o valor do défice de 2013, abaixo da meta de 5,5% acordada com a troika, todo o país rejubilou com promessas de fim de crise e de liberdade ganha nos mercados. Até receberem a factura na folha de pagamentos. A realidade esbofeteou quem viu no relógio de Portas uma oportunidade para reatar o sonho lusitano. De repente, quem é obrigado a emigrar não passa de um calimero piegas, como já vi nessas correntes de opinião partilhadas com um click de ignorância. No dia em que se soube o valor do défice, os mercados responderam em alta nas taxas de juro. Como que afirmando que ali mandam eles e que se estão a cagar para cumprimentos de metas e para os défices aldrabados dos resgatados, obtidos com perdões fiscais injustos e escondendo as benfeitorias dadas a um qualquer BANIF. Afinal, esses são os que beneficiam dos 10% de toda a riqueza gerada na Europa. São eles que sustentam metade da população mundial com a caridade para inglês ver e decidem quem tem igualdade de oportunidades. São os que dizem que é pobre quem quer e quem não tem capacidade para mais. São estes que querem que se foda o défice e o país, contanto que a dívida seja gerida de modo a serem pagos com juros, e se for por mais anos tanto melhor. Como a dívida continua a crescer está assegurado o seu futuro brilhante por décadas a fio. É isto que o governo nos esconde, porque a sua cartilha em aplicação, permitirá que também eles tenham o futuro assegurado numa qualquer empresa vendida aos chineses, que só depois de vendida foi considerada estratégica, assim como um peido bem nas fuças dos que pagaram em 2013 mais 32% de IRS do que no ano anterior. Há défice sim, de cultura, de homens de tomates, de igualdade, de vergonha na cara, de competência e tanto mais... Entretanto, entretêm o país com panteões, referendos ilegais e inconstitucionais, para não variar, com perfis de candidatos a PR, com catavento e carapuça incluída e praxes feitas por hordas de ignóbeis e cobardes para bestas quadradas com falta de tesão e que nada têm a ver com vida académica...

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