sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Nadir Afonso


As coisas que nos fazem recordar, identificar em silêncio, um aperto do estômago, com um nó da garganta. As memórias, saudade de um lugar, a felicidade da pertença, os risos gargalhantes ou um sorriso entusiasmante, corajoso, tímido, cheio de esperança, prometedor de suspiros soluçantes.
Numa inocência partilhada por séculos de distância, olhados com ternura após anos de vivências ébrias de esquinas e recantos. Sussurros escondidos nas portas e janelas, varandas de encantamento e nostalgia pintadas de paisagens de emoção. As lágrimas que fazem crescer, ali naqueles sítios, naquelas ruelas, naquelas casas. A existência comum e a comunidade que existe. A paixão da alma e o amor à terra.
Assim são os quadros de Nadir Afonso quando os vejo. São os quadros do Mestre que nasceu em Chaves. O Mestre flaviense que pintou a cidade como ninguém. Que levou Chaves a Le Corbusier e Niemeyer. Que percorreu as mesmas ruelas que eu. Que conheceu como eu o mistério de amar uma cidade. A nossa...

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