quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Isso agora não interessa nada

É o caos, o horror... Eles demitem-se, eles choram, eles berram. Vem aí o bicho papão da esquerda unida, colada com o derrube dos resquícios do muro de Berlim e do PREC. Vem aí um golpe de Estado perpetrado pelos monstros que comem criancinhas ao pequeno almoço. A comunicação social ululante agonia com a golpada e em uníssono clamam pela liberdade e democracia em perigo. Só a Constituição está serena, e Cavaco, o PR que só daria posse a um governo que garanta estabilidade, vai meter a viola ao saco e vai empossar os de sempre. Ainda bem... Afinal ele estudou todos os cenários possíveis para que a solução seja sempre a mesma possível. Ninguém quer saber que o primeiro dos ministros não tenha pago impostos e atirado o país para a miséria. Que num assomo de pânico prometa agora dar tudo o que tirou, assim, simples, do pé para a mão, e o programa do PS que era mau, agora já faz todo o sentido, e até pode governar o país, e os princípios inabaláveis da PàF também não interessam nada e afinal o PS é que tinha as contas certinhas e bem feitinhas. O importante é saber que a minoria que ganhou as eleições continue em funções para gáudio de todo o sistema financeiro mundial, europeu e da garagem do vizinho. E depois há esta coisa da memória. Portas em plena campanha de 2011 disse que não lhe interessava que o PS ganhasse as eleições, quem governaria seria a maioria de direita. Ponto. Mas afinal isso também não interessa nada.
Que gozo estes dias, que maravilhosa gente, que magnífico povo. A cara de Portas à saída da reunião no Largo do Rato é impagável e os comentários e editoriais que por aí grassam conseguem sempre fazer-me sorrir... Obrigado.



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