sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

A impunidade tem limites

Quando estourou o caso BES, Cavaco Silva foi o primeiro a sacudir a água do capote, num estilo que lhe é característico há já longos anos, numa postura de nunca assumir qualquer responsabilidade, evitando sempre assumir-se na política como político. Na resposta Passos Coelho disse que Cavaco sabia de tudo e aquele comeu e calou. Agora sabe-se que muito antes de dizer que provavelmente não sabia de tudo reuniu duas vezes com Ricardo Salgado. O PR burlou centenas de cidadãos e enganou o povo que o elegeu. Já sabia que a pose arrogante de alguém que se põe sempre em bicos de pés com atitudes paternalistas era alguém em quem não se podia ou devia confiar...
Curiosamente, ou talvez não, as pasta ministeriais da saúde, educação e justiça e que dizem respeito aos maiores cortes no estado social e cujas consequências ficaram e estão bem à vista - como seja a colocação e os exames de professores, as mortes nas urgências de pessoas que não chegam a ser atendidas ou o novo mapa judiciário e o colapso do citius - , têm à sua frente ministros que fazem exactamente o mesmo. A impunidade é só para alguns e a falta de vergonha na cara anda arredia de muita gente...
 


Sem comentários: