sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Teste à paciência (só para ver se tem limites como dizem)

TSU sim, TSU não... mais meia hora de trabalho sim, a seguir não... cortes nos subsídios de desemprego mais baixos, primeiro sim, depois já não... o governo lá vai apalpando terreno, como faria um recém cego, imune às críticas à sua política de lesa pátria; de todo o lado, de dentro dos próprios partidos da coligação ao FMI.
A política de terra queimada, de anunciar primeiro, testar, ouvir as manif's, as críticas e a reacção, para depois recuar numa pirueta encarpada à retaguarda, é uma espécie de escola sabática com contornos de ligeireza académica. Porventura apreendida num curso qualquer de geopolítica estratégica feito com 90% de equivalências.
Mota Soares aprendeu bem a doutrina dos mestres Gaspar, Coelho e Relvas... E tão crítico que ele era da política social quando estava na oposição. Tão defensor dos pobres, dos desempregados, dos trabalhadores e pensionistas, dos agricultores, assim como o Paulinho das feiras.
A falta de rigor, de competência, de critério e de coerência é gritante. A falta de respeito é ainda maior. E a falta de vergonha na cara, essa, é fascinante.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Esbulho assistido

2013 será o ano do maior esbulho fiscal a que já assistimos em Portugal. Ao contrário do que Passos Coelho anunciou no Pontal, 2013 não será o ano da retoma económica do país. Essas declarações populistas e feitas por quem não tem ideia nenhuma do que anda a fazer, nem sequer estava preparado para assumir as funções de primeiro ministro, reforçam a ideia de que se guia por uma cartilha ideológica e sem qualquer noção da realidade do país e da economia.
O desastre chegará ainda pior do que o já anunciado. Um ano de miséria social e com o desabar definitivo da classe média asfixiada. O estado calamitoso da economia agravar-se-á, agora que se sabe que o OE para 2013 prevê que 80% da sua notação venha do lado da receita. A dose de austeridade experimentada em Portugal por este governo fará exponenciar o desemprego, a pobreza e a recessão. Toda a gente sabe, até o CDS/PP, que ameaça a qualquer momento romper com a coligação e mergulhar o país no desastre final. E a culpa, meus amigos, doa a quem doer, é de Coelho, Gaspar, Relvas e companhia limitada.
Até a presidente do FMI veio finalmente reconhecer que o medicamento aplicado em Portugal poderá a breve prazo acabar por matá-lo e defendeu um travão na austeridade. Até o Álvaro, ministro da economia e de mais seis ou sete coisas, já concordou que sem crescimento será impossível pagar a dívida. Deverá ser o primeiro a ser 'remodelado'... Cavaco, com tanto sítio onde discursou, resolveu desabafar no facebook, como um teenager arrependido. Portas mantém um silêncio envergonhado e misterioso.
2013 será pior se Gaspar e companhia continuarem cegos teimosos de cartilha na mão. Esta hipocrisia de casino, austera como um cobrador de fraque, que rouba aos pobres para dar aos ricos, que ignora, arrogante, trabalhadores e reformados, como se fossem chulos, depois de entregarem as suas reformas, os seus salários cada vez mais miseráveis, a um qualquer Borges em comissão de serviço.
O fiasco deste governo será o fiasco do país, e aí é que reside a grande questão do momento. Ou se muda de atitude, ou se muda de governo. Chegou a hora de sacar o travão de mão. Porque este governo falhou e traiu todas as expectativas, metas e princípios... 2013 será de mais recessão, de mais pobreza, de falhanço de contas e de metas, de défice e de desemprego. É chegada a hora de recusar o suicídio assistido a que nos querem condenar...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

A barbárie chegou à escola

Segundo esta notícia do Correio da Manhã, já confirmada, apesar da fonte, na EB1 n.º 2 de Quarteira em Loulé, houve uma criança que foi impedida de almoçar, porque, alegadamente, os pais têm uma dívida para com a escola no valor de 30€.
Como se não bastasse, a criança foi obrigada a sentar-se ao lado dos colegas, a assistir enquanto aqueles almoçavam.
A barbárie desumana foi defendida e promovida pela directora da escola, de seu nome, Conceição Bernardes. Deixo o nome bem explícito e a 'negrito', para que quem a conheça se envergonhe de a cumprimentar. O despudor é tanto, e a falta de sensibilidade é tão grande, que uma funcionária terá tentado oferecer o almoço à criança, mas foi impedida pela supra referida directora.
Tal acto deverá ser alvo de inquérito disciplinar e criminal. Não nos podemos dar ao luxo de, nestes tempos, permitir que a crise tudo justifique, inclusive a selvajaria e a barbárie, sobretudo quando cometidas contra crianças, que como tal, são inocentes em todo o processo.
Permitir ou não, é a diferença entre a civilização e a barbárie...

Em baixo, uma missiva enviada pela Lúcia Gomes, que desde já solicito a todos que se sentem indignados por ver recusada comida a uma criança, enviem para os seguintes mail's:
info@eb1-n2-quarteira.rcts.pt; gestao.esla@gmail.com; cmloule@cm-loule.pt; dge@dge.mec.pt


"Exmos. (as) Senhores (as),

face à notícia da edição do Correio da Manhã do dia de hoje, não posso deixar de manifestar o maior repúdio pelo sucedido e pelas declarações da Directora da Escola E.B.1 de Loulé.
Informo V.Exas. que o sucedido configura a prática de um crime de maus tratos a menores, a quem foi confiada a sua educação (!), crime previsto e punido pelo artigo 152º – A do Código Penal. Visto tratar-se de um crime público, efectuei já a competente queixa crime contra a Directora da referida escola.
Espero que da parte do Município seja aberto o competente processo disciplinar com vista ao despedimento e a proibição imediata do contacto dessa senhora com as crianças.
É, de todo, inadmissível, que, confrontada com a situação tenha respondido com o facto de ter avisado as famílias e que estas foram negligentes.
É dever de qualquer pessoa, até por mera questão de civismo e humanismo, respeitar as crianças. Essa senhora não só não respeitou, como violentou desumanamente e impediu que uma funcionária fosse ao seu auxílio.
É indescritível e inadmissível o sucedido. E mais o será se o agrupamento nada fizer.

Com os melhores cumprimentos,"

sábado, 13 de outubro de 2012

D. José Policarpo é inconstitucional

D. José Policarpo é inconstitucional. Por duas razões: a primeira é que a nossa Constituição consagra o princípio do Estado laico, ou seja, o Estado não tem religião, nem se mistura política com esta.
Já sabemos que em Portugal a maioria católica nem quer saber de tal princípio. E é por isso que padres, bispos e cardeais se dão ao luxo de dar opiniões políticas, querendo com isso influenciar os súbditos leais e cegos de fé, acrescentando aquele discurso paternalista e condescendente de quem é iluminado pelo espírito santo, de quem por ser e parecer, parece que é mas não é. Cristo que foi Cristo não agradou a todos, mas também não me lembro de qualquer parábola ou passagem bíblica em que este tivesse discutido qualquer querela política, com toda a profundidade e insuspeita sabedoria que tal facto poderia ocasionar.
A segunda razão tem a ver com as próprias declarações do santo cardeal. Ao afirmar que "a democracia na rua corrompe a democracia" e "a democracia está na rua" e ainda "os problemas não se resolvem contestando, indo para grandes manifestações", D. José deu um pontapé na Constituição, no direito à manifestação, à opinião e à liberdade. Coisas de pouco interesse, que são só os pilares básicos de qualquer democracia.
No entanto, para quem está habituado a pastorar rebanhos, que baixam as orelhas quando ouvem a palavra de Deus, dizem Ámen a tudo, em uníssono, numa ladainha decorada do estilo de "O senhor é meu pastor" e "eu sou o cordeiro de Deus" que ouve e cala sem questionar nada, o cardeal José Policarpo 'Cerejeira' provavelmente sentir-se-ia bem melhor há 40 anos, em que era bem mais fácil a actividade de pastor.
Questionar Deus, a igreja, a religião e o governo são coisas do 'demo', de ovelhas negras que saíram do rebanho... afinal a democracia não começa no Povo, antes está nas instituições e nos homens que as guiam. Eleitos ou não...

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

PGR


Voa, voa, Joaninha voa...
Mas tem cuidado em Lisboa.
Principalmente com a loira que tutela a Justiça!


PS- Cândida Almeida deve estar a esta hora a coser os lábios da sua grande boca...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

A República ao contrário

A República está ferida, moribunda...
Cavaco Silva fez um discurso do dia 5 de Outubro passando ao de leve na crise, calando a revolta e a desgraça a que se assiste no país. Nada disse sobre a República, nada disse sobre nada. Ao invés do que fez quando Sócrates era primeiro ministro e quando se revelou líder da oposição...
Mudou-se o sítio da cerimónia, fecharam-se as portas ao Povo e Passos Coelho foi ter com os amigos da coesão. A República não lhes diz nada, e a democracia se calhar também não.
Vítor Gaspar insulta os deputados, na sua verborreia zombie, com uma citação de quem não diz o que sabe, nem sabe o que diz.
A tirada salazarista de "o Povo português é o melhor do mundo", imediatamente a seguir ao assalto que sobre ele dirigiu, é o maior insulto, gozo e dislate que me lembro de ter ouvido. É daqueles de chapada na cara.
A democracia, filha da República, está ferida... espero que não esteja ferida de morte, ou assistiremos a 1926, cem anos depois. A fraqueza das instituições democráticas e do regime republicano de Estado de direito pode abrir caminho, como a história já nos ensinou, a um regime totalitário, policial e fascista.
Não deixa de ser simbólico o hastear da bandeira nacional ao contrário.


quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Photoshop mal intencionado

"Enorme aumento de impostos", a frase de Vítor Gaspar soou como uma bomba. Não porque não se soubesse que o que ele estava a anunciar é de facto o maior choque fiscal que alguma vez se apresentou ao país, mas porque a ligeireza com que o disse faz com que já não haja dúvidas quanto à falta de ética social, falta de respeito por quem trabalha, falta de visão estratégica, numa economia depauperada e que agora levará a machadada definitiva. Vindo de quem chumbou o PEC IV, já aprovado em Berlim e Bruxelas, porque, se bem se lembram, a austeridade tinha atingido o limite do suportável.  Agora, quebra de poupança, quebra de consumo, menos produtividade, mais défice, mais recessão, mais evasão fiscal, menor execução orçamental por via de menor cobrança de impostos, maior desemprego, querem um desenho???
A  ideologia pura e cega, comanda a política deste governo, que em apenas 18 meses já entrou para a história de Portugal como o pior de sempre, o mais imbecil, atafulhado de ministros zombies, cigarras de pêlo na venta, que se aquecem no inverno à custa das formigas. Eles e os outros. Gestores, administradores, assessores, corredores, ascensores e ditadores.
Quanto ao anúncio de Vítor Gaspar é assim como que uma lavagem cerebral, revista em photoshop, do estilo da promoção lisboeta em que se tiraram aqui e acolá uns prédiozitos que estavam a tapar as vistas. Aqui foi ao contrário, acrescentam-se alguns para tapar o sol com a peneira. Umas medidazitas anunciadas para taxar o capital, a fugir, sem nunca dizer nada de concreto. O aumento da tributação sobre os rendimentos do capital ficou sem qualquer alteração. A taxa liberatória mantém-se como até aqui. O que foi anunciado foi a intenção de mexer nisso, mas mais nada. Assim como a intenção de aplicar uma taxa sobre transacções financeiras. Anuncia-se a intenção. De boas intenções...
Quanto ao IRS e ao IMI, bem, aí não houve dúvidas. Sobretaxa de 4% mais corte nos escalões, o que equivale a dizer que os subsídios que se devolvem com uma mão à função pública, reformados e pensionistas é tirada com a outra. O mesmo que dar um chupa a uma criança e tirá-lo assim que ela o mete à boca. Dá choradeira de certeza. sem mais contemplações.
No IMI elimina-se a cláusula de salvaguarda e entram em vigor as actualizações dos prédios com recurso ao google... mais valia usarem photoshop e acrescentar prédios onde houver floresta.
Já não há imaginação que não dê só para o aumento de impostos e de receita. A qualquer preço, nem que seja privatizar empresas do sector estratégico do Estado por uns míseros trocos, ou a um qualquer colombiano, chinês ou marciano.
O grande corte na despesa foi para os subsídios aos deficientes! e a extinção de 3 fundações! Vítor Gaspar parece o Mr. Bean a fazer de ministro. E depois disso não é preciso dizer mais nada... nem esperar mais nada, a não ser o colapso definitivo da economia e do país.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

TOP Chef Setembro'12

Quentes

Povo Português
Grandes demonstrações de cidadania e de espírito democrático em diversas manifestações serenas e ordeiras, sem deixarem de ser significativas, eficazes e influentes.

Pinto Monteiro
Procurador Geral da República
Entrevista esclarecedora onde denuncia escutas ilegais praticadas por forças policiais e a politização do Ministério Público, nomeadamente no caso Freeport.

Cavaco Silva
Presidente da República
Conseguiu neste mês pôr alguma água na fervura e exercer alguma influência junto do governo. O Conselho de Estado foi um bom exemplo de uma magistratura que se quer mais activa...

Assembleia Municipal de Chaves e Grupo Parlamentar do PS de Chaves
Estrondosa vitória o chumbo da reorganização administrativa para o concelho de Chaves proposta pelo Grupo Parlamentar do PSD. Uma proposta assente em critérios políticos e eleitorais, que não os legalmente impostos e que não servem as populações. Paula Barros é o rosto dessa vitória.
  
G.D.Chaves e F.C.Porto
    Os meus emblemas do coração, por terem estado de parabéns, mas também pela liderança dos respectivos escalões de futebol.


FRIOS

Paulo Portas
Ministro dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS/PP
A falta de solidariedade perante o parceiro de coligação, visando apenas capitalizar futuros votos, com total irresponsabilidade mostra o carácter já visto noutras alturas de alguém que quer ser ministro e líder da oposição ao mesmo tempo, tentando passar entre os pingos da chuva.
  
Passos Coelho
Primeiro Ministro
A rábula atabalhoada da TSU, o passo atrás e as críticas unânimes de trabalhadores e patrões, já seriam suficientes. Juntar-lhe a montanha parida de rato que significou a extinção de 3! fundações num universo de 400 e o aumento de impostos no IRS, com corte de escalões ou não, e temos um Primeiro Ministro coxo e gravemente ferido. No fundo o fracasso da sua política cega e de remendos pontuais. Alguém falava de navegação á vista...

Vítor Gaspar
Ministro das Finanças
6,8% de défice no 1º semestre deste ano, péssima execução orçamental e a economia praticamente destruída. Os números não abonam nada a favor de um ministro que é apenas contabilista.

Miguel Relvas
Ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares
O nº 2 do governo e mão direita de Passos resolveu passar umas férias de 10 dias no Brasil enquanto o país ardia... Estará sempre gelado enquanto não for 'remodelado'.

Paulo Campos, Mário Lino e António Mendonça
Respectivamente ex-secretário de Estado das Obras Públicas e ex-Ministros das Obras Públicas
Não há como negar que durante os seus mandatos algumas PPP's empobreceram o país. As suspeitas de corrupção não ajudam em nada.

Paula Teixeira da Cruz
Ministra da Justiça
Para quem tanto critica o discurso de Marinho e Pinto, as suas declarações face às buscas realizadas a ex-governantes do PS, em que declarou que o "tempo da impunidade acabou", são no mínimo manchas de lama para quem tem obrigação de saber que existe um princípio do direito que diz que toda a gente é considerada inocente até prova em contrário. O seu estilo ditatorial é uma nódoa da Justiça, sobretudo quando os visados ainda nem sequer foram constituídos arguidos. As sua declarações fazem depreender que é o seu Ministério que conduz as investigações, quando o MP é, como se sabe, independente do poder político.

Oliveira da Silva
Presidente do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida
A sua proposta de racionamento dos medicamentos mais caros é uma pedra no sapato de quem já se devia ter demitido.

Luís Filipe Vieira
Presidente do SLB
O chumbo das contas - talvez por alguém ter dado conta de que o Witsel afinal só foi vendido por 23 milhões de euros -, a contestação e abandonar a assembleia geral escoltado por seguranças é de fazer pensar.

António Borges
Conselheiro do governo para as privatizações
A sua altivez mesquinha de superior pensador, fez com que insultasse milhares de empresários, apenas porque não concordaram com uma decisão do governo. Provavelmente pensada pelo intelecto demolidor do próprio Borges, a medida da TSU só estará ao alcance e compreensão de iluminados como o Borges, que é Ministro sem pasta encarregue de vender o país, e pago principescamente.